sábado, 13 de novembro de 2010
Brasil passa sufoco, mas vai para a final
Nervosismo do começo ao fim! Assim foi a semifinal entre Brasil e Japão nesta manhã no Campeonato Mundial feminino de vôlei. A seleção começou vacilando, errando muito e só se encontrou no final. Depois de duas horas e vinte, venceu as donas da casa por 3 sets a 2 e assegurou a suada vaga na final. Quanto sufoco!
Todos nós sabemos da fama do Japão em defender bem. Mas as asiáticas exageraram neste sábado. Qualquer bola atacada pelo Brasil, principalmente se fosse usada a força, parava nos braços de uma japonesa no fundo de quadra. E para piorar, a defesa saia em plenas condições para a levantadora Takeshita armar o contra-ataque. As brasileiras até defendiam, mas a bola saia espirrada e o contra-ataque geralmente era desperdiçado.
Até eu, vendo o jogo daqui a da redação, já estava irritada com os ataques que não caiam. Depois do jogo, Natália confessou: “Tem uma hora que cansa. Você pensa: o que será que eu tenho que fazer? A gente bate, a bola sobe. A gente larga, a bola sobe”. Simples, vamos mudar a combinação de ataques e as jogadoras!
E aí aparecem os méritos de Zé Roberto. As brasileiras estavam visivelmente desconcentradas e nervosas em quadra. No banco, o técnico conversava e cobrava, na medida. No terceiro set, quando era vencer ou vencer, ele substituiu Jaqueline por Sassá. E ainda pediu para que Fabíola usasse mais o meio e liberasse as pontas. Deu certo.
Sassá tem um ataque diferente e, como é baixa, não solta tanto o braço e explora mais o bloqueio. Mesma tática que as japonesas usaram e deu certo em toda a partida: bater na mão de fora do bloqueio. Com isso, Sassá conseguiu pontuar. E Fabíola acionou Fabiana, que passou a pedir bolas e a jogar com raiva e coração, vibrando a cada ponto. Além disso, levantou para Sheilla, que tem um repertório na rede e está muito bem neste Mundial. E assim, com raiva e coração em quadra, o Brasil empatou e cresceu no tie-break, fechando jogo.
Uma vitória assim, em um jogo tão disputado e no qual o time começou mal, dá moral. Mas agora será preciso mudar o pensamento em quadra. O Brasil encara a Rússia na final, às 8h30 (horário de Brasília) deste domingo. Se a força do Japão estava na velocidade para explorar o bloqueio e na defesa, a das russas está no ataque e no bloqueio. Elas são gigantes, tem aquele típico ataque pesado europeu e formam uma parede na rede.
O bloqueio brasileiro salvou o sistema defensivo e fez 21 pontos contra o Japão. Agora será preciso reduzir um pouco a velocidade para marcar as russas. E nada de falta de concentração e dos erros da recepção vistos no começo do jogo deste sábado, por favor! Sem passe na mão e com jogadas das pontas ficarão mais marcadas. Acho que, mais do que nunca, será preciso usar o meio, como nos últimos sets contra as asiáticas. Contra as russas, é preciso começar e terminar assim. Estou na torcida e já que estou de castigo no plantão, que seja um castigo com um título mundial, como foi com o masculino! Até amanhã!
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